“Planejamento Estratégico de Remuneração”- RHUMO Consultoria Empresarial

Artigo escrito pelo nosso Diretor Presidente – Sérgio Campos

Remuneração é o conjunto de vantagens diretas, indiretas (aspectos tangíveis) e psicológicas (intangíveis mas sentidas) com as quais a organização retribui seus profissionais pela prestação de seus serviços. Na prática, essa definição extrapola a antiga ideia de salário, sendo possível incluir diversos benefícios para suprir, alcançar e até superar as necessidades mais básicas dos profissionais, como educação, alimentação, cultura, transporte e assistência médica e odontológica. Inclusive, complementando de maneira mais efetiva e assertiva as iniciativas governamentais relativas à assistência aos cidadãos.
Estendidos tais benefícios, é interessante observar as diferenças desses tipos de remuneração. As vantagens diretas podem ser consideradas como tudo aquilo que se consegue receber financeiramente, como, programa de produtividade, participação nos resultados, prêmios por desempenho, programas de meritocracia e implantação de um projeto de plano de cargos e salários como o forte objetivo de manter ou restabelecer o equilíbrio interno, a competitividade externa sem perder de vista os custos organizacionais. Já as vantagens indiretas são entendidas como os benefícios, tais como plano de saúde e odontológico, seguro de vida, MBAs, bolsas de estudos formais e idiomas, auxílio combustível, academia de ginástica, alimentação, e investimento em cursos de qualificação e desenvolvimento de carreira, dentre vários outros.
Outro aspecto importante diz respeito à remuneração intangível, parcela esta que atualmente está em alta para que a organização seja escolhida e admirada pelo mercado de trabalho. Trata-se de ações que mesmo não sendo palpáveis em alguns casos, seguramente são visíveis e sentidas no foro íntimo dos profissionais da organização. Esta remuneração envolve ações voltadas para o ótimo clima no ambiente corporativo, sentimento de pertencimento, respeito às diversidades, desenvolvimento e criação de lideranças, oportunidades de qualidade de vida e vida no trabalho, horário e jornada de trabalho flexíveis quando aplicável, viagens de trabalho com extensão de laser, ou seja, conseguir a difícil, mas adequada, química entre trabalhar e viver com alegria, gerando assim o positivo impacto na relação Profissional & Organização
Uma crescente tendência está em remunerar o profissional pelo que ele é, pelo seu conhecimento, suas habilidades, seus diferenciais, sua vivência e maturidade adquiridas ao longo de sua vida pessoal e profissional, e não apenas pelo cargo que ocupa. Esta modalidade certamente será também um fator favorecedor para atração e retenção de profissionais na organização.
Por fim, enfatizo a questão financeira. Se sobre a remuneração fixa (salário nominal) incidem diversos tributos, como Imposto de Renda e encargos previdenciários e trabalhistas já, em relação a remuneração variável, o pacote de benefícios e as vantagens psicológicas, quanto a tais tributações, ou são inexistentes ou significativamente menores, fato que que traz melhoria de vida ao trabalhador sem onerar os custos organizacionais de forma significativa.

Aí está a “mágica” de PAGAR MAIS E GASTAR MENOS, trata-se de uma questão matemática, ou seja, parcelas que compõem a remuneração total são sim isentas de encargos trabalhistas e previdenciários e até em alguns casos do imposto de renda. Os pontos positivos também podem ser contabilizados pela satisfação e comprometimento do time profissionais que irão incorporar, por sua própria vontade, o DNA e o sobrenome da Organização.
Conclui-se então que é uma fórmula para criar uma relação saudável e o equilíbrio entre custo do trabalho x custo do produto x lucro x satisfação profissional, hoje uma REAL E URGENTE NECESSIDADE PARA AS ORGANIZAÇÕES.

Sérgio Campos – Consultor Organizacional e de Remuneração Estratégica e Diretor Presidente da RHUMO Consultoria Empresarial

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